Elites

A elite portuguesa (de Francisco Pinto Balsemão, passando por João de Deus Pinheiro até António Pires de Lima) reunidos com Cavaco Silva a dar umas tacadas contra a crise. Como é que ainda ninguém se tinha lembrado disto? Acho que está encontrada a solução para saírmos do buraco. Assim sim! Assim vamos lá!

Também acho que não era preciso estar tanto frio. Não eram necessárias as correntes de ar que existem quando acabam os prédios e aparece o vento gelado. Não era necessário a cara cortada pelo frio. Já basta tudo o resto, além da chuva.

O meu fim-de-semana começa hoje

O tempo, mais uma vez.

Toda esta chuva faz-me lembrar um país nórdico. Com muita categoria. Sem inundações, com as pessoas sem medo da pluviosidade. A única diferença é que aqui é tudo mau.

Chegou-me à caixa do correio

E passo a citar:

Não sei se aprecias, mas como tens um ouvido com grande alcance talvez gostes...na minha opinião tem um pouco de ti na música.
Um abração grande

Da lógica dos encontros

Certo

E pronto. Já está nas lojas. Desde o dia em que ouvi o disco já passaram 56 dias. Agora apanhem-no. Amanhã há uma entrevista com ele num jornal que se distribui por aí, com extrema qualidade. O jornal. A entrevista depois logo se vê.

Este tema aqui em cima chama-se "Liberdade". "Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom". Excelente, hein?

Olha que caraças

O bom do fim-de-semana é que o tempo soalheiro nos permite fazer muita coisa bonita e praticamente espectacular! Vou calçar uma havaiana e vou encher os pés de areia de praia. Ou então aproveitar para ser colhido por um tufão.

Lord, give me strength

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um

- Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum

O fulano que escreveu isto chama-se Eugénio de Andrade

Voltar a levar no bejão

Continuo a achar que não fui feito para entrar dentro das oficinas. Cada vez que o meu carro apresenta um ligeiro problema mecânico, sinto que sofro mais do que qualquer pessoa. As pernas tremem-me, como se me fossem fazer uma inspecção fiscal e tivesse de andar de guichet em guichet nas finanças.

Ora bem que este mês o meu carro já levou umas escovas novas. Para limpar a aguinha da chuva. E arrota, Bruno Miguel, com 30 euros. Também tive o azar de ver os meus dois faróis médios serem suprimidos. Mais 22 euros, para ser feita uma digna substituição.

Ontem apareceu-me uma luz laranja no tabelier a representar um motor. O carro apitava e a luz laranja representativa de um motor a piscar. Calculei que não fosse bom. Luzes laranjas a piscar, sons a apitar, não deveria ser por ter os pneus vazios.

Pois que me dirigi com o carro engasgado e lento até à oficina da marca. Resultado: uma mudança de velas, uma limpeza da injecção (ou ignição, que nunca sei qual é) e 165 euros.

O senhor mecânico foi extremamente simpático, deu-me carinho e tudo, morangos e champagne. No fim não adormeceu logo, fez-me festinhas nos pêlos do peito e ainda me chamou "Miguel" com uma voz sensual. Assim doeu menos...

O reverso da crítica

E se ontem deixei umas opiniões sobre as, vá, opiniões críticas de um crítico de cinema, agora deixo aqui uma impressão muito boa daquele que é, para mim, o crítico de cinema em Portugal.

João Lopes, que eu pude conhecer e partilhar algumas ideias - mas sobretudo ouvir numa recente estadia em Londres - é um tipo ponderadíssimo, com uma cultura geral fantástica. E, melhor que tudo, extremamente compreensivo das realidades do cinema. Acho que é por isso que consegue fazer com que eu acompanhe com atenção o trabalho que ele faz. E respeitar as suas opiniões.

Há pouco escreveu no seu blog "Sound + Vision" um texto que lança uma previsão para os vencedores de Óscares. Ou melhor, uma anti-previsão. A ler, sem dúvida.

Com franqueza

Are you... experienced?

Está a chover outra vez

Amanhã, quase de certeza, volto a não poder pedalar até ao trabalho...

Pesos e medidas

Luís Miguel Oliveira, crítico de cinema do jornal "Público" dá uma estrela (em cinco possíveis) ao filme "O Estranho Caso de Benjamin Button" - filme de David Fincher, o de "Se7en" e "Fight Club", com Brad Pitt e Cate Blanchett.

E também dá uma estrela (em cinco possíveis) ao filme "Contrato", que marca a estreia de Nicolau Breyner na realização, com Pedro Lima (que nunca tinha feito cinema) e com Cláudia Vieira (que mostra as maminhas nesta que é também a sua estreia no cinema).

Por muito críticos que sejam, por muito que percebam de cinema e tenham visto todos os grandes filmes que fizeram a história do cinema, há alturas em que não consigo perceber alguns deles. Acho que devem estar uns patamares acima de toda a gente. Ou então é só o gosto de dizer mal. E ainda falam da "dualidade de critérios" no futebol....

"My fellow americans..."

A cerimónia da tomada de posse de Barack Obama faz-me lembrar a vez em que eu fui eleito delegado de turma do 10ºJ, na Escola Secundária Miguel Torga.

Isto está a fazer-se história, com a breca... e nós a assistir.

Para onde vais, Bruno?

"Não sei para onde vou..."
Mais, por aqui...

Bendito sejas, Antony

Chegou-me hoje aos ouvidos o novo disco de Antony Hegarthy e os seus The Johnsons. Não sei se era possível, mas a verdade é que o sucessor do primeiro disco, "I Am A Bird Now", consegue ser, na minha opinião, ainda melhor.

Mas também não sei dizer bem porquê. Será que "Crying Light" é mais envolvente? Tem uma lírica mais próxima, mais directa, talvez? O que fizeste tu, Antony? Numa entrevista ao Ipsilon, o músico assume-se mais livre. "Já não tenho medo do ridículo." Nunca o achei ridículo, por muito estranho que pareça. Quem canta assim, quem compõe desta forma, não tem que ter vergonha de nada.

Puta da vida

João Aguardela, fundador dos Sitiados e membro dos A Naifa, morreu ontem, aos 39 anos.

Sonho inacabado

Tenho um sonho preso na minha cabeça. Está cá dentro. Não sei se o acabei de sonhar durante a noite, ou se ficou a meio. Sei que me aparece em flashes, pequenos pedaços de recordações que tenho. Parece algo que vivi. Não sei se as sonhei. O flash aparece sem que eu tenha tempo ou capacidade de o agarrar, prender e desfiar. Perceber até onde vão estas imagens que me pululam na mente.

Não estou preocupado com isso. Nada disso. Sei que não é um pesadelo. Se assim fosse, estaria com dores de barriga ou suores frios a cada momento que esse flash aparecia. Ou soltava um pequeno grito de susto. É algo bonito. Ou algo que simplesmente se sonha, sem grandes cargas dramáticas.

Espero que os lençóis hoje me tragam de volta o sonho. Para que eu acabe de o sonhar.

Momento de humor com escatologia à mistura

Fica aqui um desafio para festas. Bebam xarope de ipecacuana, que estimula o estômago para produzir quantidades massivas de suco gástrico. O último a vomitar não paga o jantar.

poema

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

O fulano que escreveu isto chama-se Mário Cesariny

E assim começa uma nova era nos EUA

Caiu um avião nos EUA, com 150 pessoas a bordo. Mas desta vez toda a gente sobreviveu. Nem um morto, minha nossa senhora!

"É um pássaro? É um avião? É o super-homem? Não, é o Barack Obama!"

Como que por magia

Nos dias de pluviosidade a minha bicicleta ganha mais duas rodas, um motor e um tejadilho.

Mando o ambiente às urtigas, em nome da saúde pessoal. Mas sempre devagarinho, para não emitir muitos gases poluentes para a atmosfera. Poluir, sim, mas com consciência.

Malhinha

Já lavei a loicinha. Tenho a cozinha arrumada, tudo despachado. Agora talvez sente o meu coiro velho no sofá, tape as perninhas com uma mantinha e vá ao saquinho buscar a malha que adquiri para fazer uma camisola para ofertar à minha madrinha enquanto bebo um cházinho bem quentinho. Até porque no episódio de "Podia Acabar o Mundo" desta noite, a Vitória vai ameaçar o Emídio e obrigá-lo a devolver o João.

Com o frio que aí está e depois a bicicletada hoje em Campo de Ourique não há melhor programa para esta noite.

Ou se calhar há.

Como disse?

"Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam."

A frase é do senhor cardeal patriarca D. José Policarpo. E é por estas e por outras que cada vez mais se ouve gente a dizer: "Cá eu tenho a minha fé"; ou "Sou católico não-praticante". Realmente, para ouvir disparates destes ditos da boca de "representantes" de uma religião... Prefiro ficar com as minhas recordações evangélicas, de peregrinações, de encontros, de leituras, de debates que também ajudaram a construir a minha personalidade. Agora, o que vejo, diz-me pouco. Se calhar, por isso, também eu tenho a minha fé. E sei que não é errada, porque não é diferente daquela que aprendi. Só a vivo de forma diferente, porque para ouvir diatribes destas, prefiro ficar com as minhas memórias.

Regressar a doismileoito

Fala-se muito de música, neste blog. Não o consigo evitar. Quem me conhece sabe-lo bem. Não pretendo com isto apresentar qualquer justificação, até porque não tenho de a dar. Quem visita esta paragem, acredito que também o faz porque já sabe o que vem encontrar. Por isso, para si, senhor visitante, um grande abraço!

Mas sim, a música tem sido uma companhia do caraças. Como sempre foi, aliás. Mas tem-me chegado ao ouvido muita coisa. Talvez porque estou mais desperto para certas melodias. Ou certas palavras. Ou simplesmente para boa música. Se Nel Monteiro aviasse agora uma boa malha, não ia enjeitar de a ouvir, catano. Mentira, ia sim.

Ontem chegou-me o disco dos Doismileoito às mãos. Uma banda portuguesa da Maia com um bom gosto e criatividade tremenda. São só três, mas parecem sete. Não vou aqui mencionar nomes de bandas que me fazem lembrar, porque isso era desde logo desvirtuar o trabalho deles. Eles não têm culpa de serem bons, de tocarem bem, cantarem em português e terem cuidado com as composições. Se assim fosse, haveria por aí muita gente a soar a Ornat... ai! Quase que me apanhavam.

O álbum sai no dia 26 deste mês. Eu escolho esta, que apareceu no programa "Kilometro 0", porque sim. Chama-se "Cabanas".

Agasalhos

Não nevou, em Lisboa. Não sei vai nevar. Sei que está um frio tremendo, daquele que me faz sacudir. Vou-me aquecendo pelos cantos, com mais uma camisola, mais um casaco. Com as músicas que me passam pelos ouvidos. Com um galão e com uma torrada. Ou com uma cerveja, enquanto se vê o futebol.

Definitivamente, chegou a crise. É encará-la de frente.
(E olhem só aquilo que eu ontem descobri!)


Acho que as idas para o trabalho, agora na minha bicicleta, vão ser ainda mais bonitas. Bendito sejas, Richard Hawley.

Ei-lo

Dividir tecidos

You've got a light inside, so there is no need to hide...

Gestão

Hoje foi dia de arrumações. Não limpezas. Arrumações. Agarrei-me à estante dos CD. Está tudo por ordem alfabética, bonitinho, como eu gosto. Mas graça teve colocar "Under Satanae", dos Moonspell, ao lado de "Músicas do Filme Música no Coração". Fernando Ribeiro, o metálico de unhas pretas, e Fraulein Maria, a noviça roliça por quem Georg Von Trapp deixou a baronesa Schraeder.

Achei graça, só isso.

Como a história das massas...

O rádio do meu carro tem levado, com insistência, com música cantada em português. São dois grupos e um intérprete que por lá rodam "em repeat".

Pontos Negros
B Fachada
Doismileoito

É curioso que só os primeiros é que têm um álbum editado. Os outros são apenas EP's de apresentação. Como vai ser quando sairem os discos?

Panaceia

E procura a todo o custo a serenidade. Em todos os pedaços. Numa garrafa de vinho de 1983. Num toro de lenha que arde com violência na lareira. No frio que faz lá fora e que faz com que esteja quente lá dentro. Na areia da praia que fica nas sapatilhas. Em onomatopeias.

Vamos rapaz, vamos!

(Mais imagens, no sítio do costume)

2009 - Dia 1

"Give me my wings!"