quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Ricardo em bielorrusso

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"Encerra-mos para limpesa"

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Hora eça! O praser é todo noço!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Dias curtos

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Hoje tive de vestir um casaco para tomar uma dose de cafeína pós-jantar.
Estava frio. Na rua deitei um pouco de vapor da boca. Não estava a fumar.
Cheguei a casa e não me apeteceu tirar o casaco.
Tenho adiado o arrumo de chinelos. Ainda não vai ser hoje, mas voltei a aperceber-me que tive o pior Verão da minha vida. Voltei a apreceber-me que o que me fazia falta agora eram dias compridos e não calor. O que, nesta altura me sabia bem, era sair do trabalho às 21h e ainda ver o céu cor-de-rosa/laranja a dar outra tonalidade à Pimenteira. Certamente que a cerveja que hoje bebi na esplanada me iria saber melhor se fosse fim de Junho.

Agora podia era vir aquela altura do 15 de Maio, caraças.

"E se fosses escovar esses dentes com uma zaragatoa?"

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Não havia dúvidas que as mulheres são cruéis. Nada disso. Toda a gente sabe que elas gostam de fazer sofrer. Fazer sofrer qualquer coisa. Um homem, uma mulher, uma pedra, um telemóvel cuja bateria está viciada. Conheci mulheres que puseram os atacadores dos meus ténis a chorar.

O que eu assisti hoje foi apenas a mais uma demonstração de que nem entre elas são amigas. E aproveitam qualquer altura para deitar abaixo. Fazem uso da sua capacidade de surpresa para desferir uma estocada.

Cenário: um hotel.
Protagonistas: eu (A), uma rapariga - gira, por sinal (B), uma terceira rapariga que surge (C).
Existe diálogo entre A e B. Surge a C que se introduz no epicentro da conversa.
C - Então? Tudo bem? Olha, nem te estava a reconhecer... - dirigindo-se à B.
B - Sim, está tudo. Estou assim tão diferente? - pergunta, mexendo no cabelo
C - Não, nem é isso. Estás mais cheeinha.
A - Catano pá! Eu não ouvi isso - penso eu para mim
B - Ahahah - por dentro dá uso e abuso a todo o vernáculo que tem conhecimento, sem olhar a questões como: "será que a mãe desta senhora tem culpa? Ou será que ainda é viva?"
B vira-se de novo para A e retoma a conversa. C mete-se num canto e vai interrompendo a conversa entre A e B. Gajazinha irritante pá!

Achei graça ao facto de uma tipa com uma cremalheira que deve ser utilizada para escavar esgotos parte para o ataque às feições de outra mulher. Gostei de ver por fora, senti-me na savana africana.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Punk cor-de-rosinha

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Mistura-se nas prateleiras com os DVD da Britney, das Beyoncé, até mesmo com o da Florbiella. Os dréds lêem "Hey Ho, Let's Go" ("Hey pêga, bora" - numa tradução literal) no símbolo deles e devem pensar: "Isto deve ser malta rija do hip-hop". E pumba, lá metem no carrinho.

Isto que aqui está é bom demais. Chegou-me hoje às mãos e comecei de imediato a molhar as pontas do indicador e do polegar com saliva e a tocar-me nos mamilos. Já sei que hoje me deito outra vez às tantas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Uma chaga pra lembrar que há um fim

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Ornatos Violeta, Chaga. Uma luta, de facto.

Rapariga do andar de cima. Ou pré-madura.

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O senhor Graça vai embora.
Mas parece que fica a vizinha de cima fica.
Por muito simpático que fosse o velhote de noventa e tal anos (ou oitenta e picos), antes ouvir o arfar de prazer carnal da rapariga do que a expectoração do senhor Graça. São caras diferentes que se fazem:
Senhor Graça a expectorar: "Aaaaaaargh", penso eu.
Vizinha de cima a ter prazer carnal: "Eheheh", digo eu.

Senhor Graça, noventa e tal anos. Ou oitenta e picos.

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O senhor Graça mora por baixo de mim.
O senhor Graça tem perto de, reparem, noventa e tal anos. Noventa e tal. Não sei precisar ao certo, mas a partir de uma idade, as pessoas deixam de ter uma idade muito composta: 25, 43, 32, suplementar é o 18. Sei que o senhor Graça tem mais de noventa. Já ultrapassou a fasquia dos oitenta e ainda não chegou aos cem. Tem noventa e tal. Acho eu. Mas se não tiver noventa e tal tem oitenta e tal. Ou oitenta e picos. A lógica é a mesma.
Enfim.
Hoje é o último dia que o senhor Graça passa na casa por baixo da minha. Disse à minha mãe, no café à hora de almoço, que vai hoje para um lar de terceira idade. Lar esse que está a pagar há uns anos valentes. Até hoje sempre se recusou a ir. "Mas agora já não me consigo vestir sozinho, nem lavar sozinho", explicou à minha progenitora, com lágrimas nos olhos.
Deu-me pena. Conheci o senhor Graça com setenta e tal anos. Sempre morou por baixo de mim. Vizinho impecável. Muito pouco barulho, tirando a expectoração às nove da manhã. Quando o conheci, ainda conduzia um Opel Vectra dos antigos. Aos setenta e tal anos ainda via bem. Depois teve de entregar a carta e ser operado às cataratas. O senhor Graça, com oitenta e tal, vinha algumas vezes cá a casa pedir o favor de lhe pormos umas gotas nos olhos. E nós lá o ajudávamos.
Muitas vezes houve em que baixei o som da minha aparelhagem com receio de perturbar o descanso do senhor Graça.
Dá-me pena de o ver partir para o lar, porque não sei se o vou voltar a ver. No dia em que minha mãe falou com ele e ficou a saber que já não se conseguia lavar (porém com um ar extremamente asseado, fruto da mulher do marinheiro - na reforma - que vai lá a casa tratar do senhor Graça), o senhor Graça, noventa e tal anos, cumprimentou-me com um aperto de mão de peles descaídas e disse: "Que tudo lhe corra bem."
Eu só consegui dizer: "Vá senhor Graça. Anime-se."
E custou-me aquela despedida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Iluminado sem vontade

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Não ando a ver televisão. Avariou-se o aparelho receptor que possuo no quarto e não vou comprar um novo. Pelo que, os momentos de "zapping" televisivo-domésticos reduzem-se ao período em que me sento na cozinha, sozinho, a comer sopa e um bocadinho de pão com queijo ou farinheira. Sempre depois das 21h30.

domingo, 14 de outubro de 2007

Duetos que valem um sneak peak

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Jorge Palma e Manuel João Vieira - "Popoye, the sailorman"

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Nobel da Paz Podre

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Paz:
estado de um país que não está em guerra;
tranquilidade pública;
cessação de hostilidades;
serenidade de espírito;
boa harmonia;
sossego;
conciliação;
concórdia;
união;
silêncio.
Al Gore foi galardoado com o prémio Nobel da Paz. Acho que só mostra que realmente há anos em que é difícil escolher. Também não era difícil de perceber que ia ser assim: basta abrir os jornais e perceber que não há ninguém a fazer um esforço mínimo para ser distinguido.

"Olha, vamos atribuir a este gajo...", suspiraram os membros do comité de nomeação.
Fica os meus "two cents": façam um ano sabático na entrega deste galardão, para não passarem mais embaraços.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Dia rê

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Os Radiohead lançam na net um novo álbum.
À moda antiga - mas mais moderna - eu vou pirateá-lo. Para consumo próprio.
E depois vou comprar a edição com dois CD, dois discos de vinil - à moda antiga (ando à procura de gira-discos) - e um artwork bem catita, que pesa cerca de meio quilo (disse o autor da capa).
Vou então começar à procura de cópias piratas.

Haiku da vida

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Lembrança de mim
Quando eu era um petiz
Problemas? Zero

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Did you say "I Love You" or "Fuck You"?

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Tenho adormecido diariamente com isto. Com esta versão, que desconhecia a existência em vídeo. Que me faz fechar os olhos descansado, sem temor, sem dúvidas. Parto para os sonhos (que nem têm sido grande coisa) de uma forma letárgica, com a mente em concordância com a alma. Para acordar em repeat, a precisar de chegar ao fim do dia à procura do mesmo analgésico. Abençoado.