quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Levar no bejão

As pessoas que usam muitos diminutivos, deviam ter vergonha na cara. Sobretudo quando trabalham numa oficina, onde não há charme, onde há posters de mulheres nuas na parede, onde há motores, óleos, cheiro a gasolina, trapos chamados "desperdício", unhas encardidas e pneus velhos.

"Veio buscar o seu carrinho, não é verdade? O meu colega tem a chavinha e foi buscá-lo. Vamos só tratar aqui da sua continha. Como pode ver, a revisãozinha foi normal. As pastilhazinhas, os óleos, substituiu-se o bejonzinho [palavra de honra que ela usou o termo "bejon" adicionando-lhe o sufixo "zinho"]. O normal. Vai desejar facturazinha? Vou só imprimir-lhe aqui o papelinho da garantiazinha".

Só não me pediu quatrocentos e quarenta eurinhos. Senão, ah minha desgraçada, tinhas levado um banano na boca.

A maior parte das pessoas do mundo paga 200, 250 euros por uma revisão dos 30 mil quilómetros. Aqui esta cavalgadura é que havia de arder em 440. Rásparta.

Sem comentários: