segunda-feira, 29 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Publicada por
Bruno
à(s)
22:11
1 comentários
I'm just fucking, like, stuck in this ridiculous, like, self-imposed fucking prison of characterization, you know? It happened to me young. It's like the chicken or the egg. I don't know what came first...
Whether they said that I was emotional and intense and complicated, or whether I... or whether I was truly complicated and intense and then they responded to it. Then, like, once they responded to it, then I responded to what they were saying. And, yeah, I utilized it in some ways.
And there's... I... I am embarrassed about that. And that's what a lot of this is about (...)
I don't wanna... I don't want to play the character of Joaquin anymore.
Like, I want to be whatever I am.
I'm just fucking, like, stuck in this ridiculous, like, self-imposed fucking prison of characterization, you know? It happened to me young. It's like the chicken or the egg. I don't know what came first...
Whether they said that I was emotional and intense and complicated, or whether I... or whether I was truly complicated and intense and then they responded to it. Then, like, once they responded to it, then I responded to what they were saying. And, yeah, I utilized it in some ways.
And there's... I... I am embarrassed about that. And that's what a lot of this is about (...)
I don't wanna... I don't want to play the character of Joaquin anymore.
Like, I want to be whatever I am.
sábado, 13 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Publicada por
Bruno
à(s)
18:30
0
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Ali, à porta do turco dos falafel. Discutem olhos nos olhos.
Ele - Tu dizes que que o meu problema pode ser a minha insegurança. Mas não é esse o meu problema. Eu tenho um problema de comunicação. Aliás, nós temos um problema de comunicação - lança a confusão enquanto dá mais uma trinca no cozinhado otomano, sem tirar os olhos dos dela, que está de pé, com as pernas cruzadas. Ela responde com alitvez:
- Posso falar? Obrigado, ó cabrão! Sabes que eu percebo tudo o que tu dizes... Se eu não sei funcionar contigo, agradeço que mo digas!
Torstraße, 6/11/2010
Ali, à porta do turco dos falafel. Discutem olhos nos olhos.
Ele - Tu dizes que que o meu problema pode ser a minha insegurança. Mas não é esse o meu problema. Eu tenho um problema de comunicação. Aliás, nós temos um problema de comunicação - lança a confusão enquanto dá mais uma trinca no cozinhado otomano, sem tirar os olhos dos dela, que está de pé, com as pernas cruzadas. Ela responde com alitvez:
- Posso falar? Obrigado, ó cabrão! Sabes que eu percebo tudo o que tu dizes... Se eu não sei funcionar contigo, agradeço que mo digas!
E pousa a mala na mesa do restaurante turco.
- Espera - diz ele - Deixa-me dizer mais uma coisa - e volta a trincar o falafel:
- Espera - diz ele - Deixa-me dizer mais uma coisa - e volta a trincar o falafel:
Julgas que eu não sou sensível naquelas coisas que toda a gente é. Julgas que tudo me passa ao lado. Mas não passa... tu não me ouves.
- Eu não te ouço?!
- Se calhar não. Tens de te calar e ouvir o que eu digo! Quando eu te digo que tenho um problema, tens de me perguntar o que eu tenho! - pede ele.
Ela suspira e pede a palavra.
- Eu não te ouço?!
- Se calhar não. Tens de te calar e ouvir o que eu digo! Quando eu te digo que tenho um problema, tens de me perguntar o que eu tenho! - pede ele.
Ela suspira e pede a palavra.
- Tu és tudo o que eu quero e tenho medo de te perder - responde.
Perante a tentativa de interpelação dele, de abraço, de uma carícia, ela volta a sobrepor a voz:
- Agora falo eu!! Acredito e percebo tudo o que dizes. Mas eu não sou uma criança. E tu às vezes fazes-me sentir uma miúda...
Já não há falafel. Não se chega a nenhuma conclusão. Fica tudo na mesma, ou não? Ele e ela abraçam-se e seguem Torstraße abaixo, em direção à Rosenthaler Platz.
Perante a tentativa de interpelação dele, de abraço, de uma carícia, ela volta a sobrepor a voz:
- Agora falo eu!! Acredito e percebo tudo o que dizes. Mas eu não sou uma criança. E tu às vezes fazes-me sentir uma miúda...
Já não há falafel. Não se chega a nenhuma conclusão. Fica tudo na mesma, ou não? Ele e ela abraçam-se e seguem Torstraße abaixo, em direção à Rosenthaler Platz.
Sentado na cadeira da fria esplanada turca, as colunas do mp3 começam a tocar. E outro casal agradece o som enquanto dançam para espantar o quente frio berlinense.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
A andar pelas estradas
Publicada por Bruno à(s) 12:24 0 comentários
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema II"
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
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