- Dói-te?
- Onde?
- Aqui, no joelho?
- Não. Mas aqui dói.
- Onde?
- Aqui, no peito.
- Mas aí é normal. Já viste a queda que deste?
- Sim, acho que o punho da bicicleta veio aqui raspar.
- Estava preocupado era com o joelho. As lesões do joelho são mais difíceis de curar.
- Dizes tu.
- Isso aí no peito passa. Só te dói quando tocas, não?
- Não. Dói sempre. Então é no peito! Quando respiro. Quando durmo. Quando me viro. Quando salto. Quando vou a correr para o autocarro. Quando meto a mala às costas. Quando me baixo para apanhar qualquer coisa... E claro, quando toco. Só que o peito é uma dor sensível. E não é só para as mulheres.
- Pior era se fosse nos tomates, pá! (risos)
- Isso é verdade! Mas esta é uma dor que demora a passar. E o que vou fazer? Vou ao médico? Não tenho nada partido... É esperar que passe.
- Acredita, se fosse no joelho era pior. Ias ficar coxo. E depois começavas a fazer prognósticos de chuva e mudanças de estação.
- Talvez. Mas esta é chata.