E depois há que regressar à casa partida. E não apetece nada. Por entre duas cervejas ao pôr-do-sol de beira-mar (tudo com tracinho) discutem-se os dramas do regresso. Se podemos permanecer na beleza, porque é que o dia-a-dia tem de ser tão duro, com prédios altos, espelhados, com a Carris a passar cá em baixo? Ou com open spaces em Alverca? Ou encostas em São Domingos de Rana? Ou vistas (que não existem) para o IC19?
Levanta-se a possibilidade de se começar a cultivar os próprios alimentos. A auto-subsistência. Daí para um país novo, remodelado, reconstruído. Os cães correm na areia. Um casal abraçado à beira-mar, com o labrador preto sentado atrás, vê o bebé a brincar com as ondas que chegam a terra. "Será que eles são felizes?", lança-se a pergunta. A resposta, de dois ou três, é semelhante: "São mais do que eu. Pelo menos estão."
Pelos nossos sorrisos, aquele momento também não foi mau. Mas havia 300 quilómetros para fazer. Havia que voltar, que começar a pensar no dia de amanhã. E toda a paz foi levada pelas ondas.
PS - Os mais curiosos que visitem o sítio do costume.
domingo, 22 de março de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário