Desceu um nevoeiro sobre a rua. Absorve-me, recolhe-me e aconchega-me. Estranhamente não me sinto deprimido. Parece o mau tempo de que já pareço já sentir saudades a saudar-me. Talvez deseje que venha uma chuva que me venha lavar o corpo. Um forte temporal, uma valente inundação. Água, uma dança da chuva, com índios. Alegorias e mitologias que me encham os olhos e me impressionem.Relâmpagos, trovões, ventos e janelas partidas.
Venha o temporal, que eu não tenho medo. Deixo-me ficar de pé.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
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Bruno
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01:12
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- Olha para ali.
- Onde?
- Ali, no mar.
- Que foi?
- Aqueles dois gajos. Naquele caiaque. Hora de almoço de terça-feira.
- Fogo pá... Inveja-los?
- Não sei. Também não estou mal aqui, sabes? Tudo bem que é apenas um hambúrguer com queijo, sem alface. Mas eu quis que assim fosse. Eu também pedi a Sprite. E fui eu que escolhi vir almoçar aqui. Fui eu que escolhi sentar-me aqui à mesa a conversar contigo, a olhar para o mar. Eu não escolhi ir lá para dentro armado em atleta. Nunca me lembrei disso.
- Mas olhaste-os com um sorriso. De quem gostava de estar no lugar deles.
Sim. Talvez só pela necessidade de experimentar coisas novas. Agora que já falámos disto, na próxima semana se calhar já me vou lembrar. E em vez de te desafiar para um hambúrguer com queijo, fiambre, tomate e alface, talvez de convide para umas remadas num caiaque. O que achas?
- Pede-me aí molhos, por favor.
- Onde?
- Ali, no mar.
- Que foi?
- Aqueles dois gajos. Naquele caiaque. Hora de almoço de terça-feira.
- Fogo pá... Inveja-los?
- Não sei. Também não estou mal aqui, sabes? Tudo bem que é apenas um hambúrguer com queijo, sem alface. Mas eu quis que assim fosse. Eu também pedi a Sprite. E fui eu que escolhi vir almoçar aqui. Fui eu que escolhi sentar-me aqui à mesa a conversar contigo, a olhar para o mar. Eu não escolhi ir lá para dentro armado em atleta. Nunca me lembrei disso.
- Mas olhaste-os com um sorriso. De quem gostava de estar no lugar deles.
Sim. Talvez só pela necessidade de experimentar coisas novas. Agora que já falámos disto, na próxima semana se calhar já me vou lembrar. E em vez de te desafiar para um hambúrguer com queijo, fiambre, tomate e alface, talvez de convide para umas remadas num caiaque. O que achas?
- Pede-me aí molhos, por favor.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
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Bruno
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01:43
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A mania que eu tenho de me encostar ao lado direito da cama.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
God damn right
Publicada por Bruno à(s) 18:51 1 comentários
Não existem histórias de amor como as dos filmes.
Porque os filmes são narrativas de 120 minutos.
Porque os filmes são narrativas de 120 minutos.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
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Bruno
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02:27
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- Estás de pé?
- Sim.
- Estás na cozinha?
- Sim.
- Trazes-me um copo de água?
- Sim.
- Paula?
- Diz!
- Trazes-me o copo de água?
- Sim, já disse que sim!
- Fogo, calma! Não ouvi.
- Se calhar se pusesses a televisão um bocadinho mais baixa já dava.
- Esta parte é importante. A leoa vai ter agora os bebés. O copo de água?
- Esqueci-me, desculpa...
- Sim.
- Estás na cozinha?
- Sim.
- Trazes-me um copo de água?
- Sim.
- Paula?
- Diz!
- Trazes-me o copo de água?
- Sim, já disse que sim!
- Fogo, calma! Não ouvi.
- Se calhar se pusesses a televisão um bocadinho mais baixa já dava.
- Esta parte é importante. A leoa vai ter agora os bebés. O copo de água?
- Esqueci-me, desculpa...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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Bruno
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02:06
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Ele – Sabes aquelas mesas do IKEA, redondas, com um vidro por cima?
Ela – Sim.
Ele – Estava a pensar comprar uma aqui para a sala. Dá jeito para pousar os comandos e os jornais.
Ela – Mas não vai roubar um bocado de amplitude? Vale a pena sacrificar o espaço da sala por um mero pouso para os Vascos Pulidos Valentes e as fofoquices do Cavaco & Silva?
Ele – Acho que a sala precisa de um novo fôlego. Dar uma nova dinâmica. Respirar ares mais Ou a mesa ou então umas prateleiras em pele de uva para dizerem com a segunda cor da carpete.
Ela – Não devia ser eu a ver disso? Habitualmente são as mulheres a pensar nesse tipo de pormenores. Não andas com sangue de Gracinha Viterbo a mais em ti? Que vinho andas a beber?
Ele – Não sei, mas vi uns copos de pé alto divinais na loja do Gato Preto que ficavam de bradar com os individuais que o Nelson nos deu. Um verdadeiro espírito “maison couture”.
Ela – Já para a cama. Toca de chamares-me nomes feios e tirares-me as cuecas com os dentes. Agora cá maricas...
Ela – Sim.
Ele – Estava a pensar comprar uma aqui para a sala. Dá jeito para pousar os comandos e os jornais.
Ela – Mas não vai roubar um bocado de amplitude? Vale a pena sacrificar o espaço da sala por um mero pouso para os Vascos Pulidos Valentes e as fofoquices do Cavaco & Silva?
Ele – Acho que a sala precisa de um novo fôlego. Dar uma nova dinâmica. Respirar ares mais Ou a mesa ou então umas prateleiras em pele de uva para dizerem com a segunda cor da carpete.
Ela – Não devia ser eu a ver disso? Habitualmente são as mulheres a pensar nesse tipo de pormenores. Não andas com sangue de Gracinha Viterbo a mais em ti? Que vinho andas a beber?
Ele – Não sei, mas vi uns copos de pé alto divinais na loja do Gato Preto que ficavam de bradar com os individuais que o Nelson nos deu. Um verdadeiro espírito “maison couture”.
Ela – Já para a cama. Toca de chamares-me nomes feios e tirares-me as cuecas com os dentes. Agora cá maricas...
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Publicada por
Bruno
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22:42
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De pés ao fresco. Tenta-se respirar fundo. Espraiar os olhos, a mente que redunda sempre nas mesmas respostas, na mesma paixão. Não se procuram soluções, pelo menos aqui. Aqui o que se busca é apenas alguma calma. Alguma paz que possa ser levada, entregue. Era bom que fosse tudo assim, não era? Receber como Adão recebeu de Deus a vida, de acordo com a teoria de Michelangelo.
Não é assim, com os dedos. Mas há-de ser de alguma forma. Que os meus dedos gordos toquem mo coração. Mas a fé - e o sentimento - não abalam. Porque nos ganhámos. Porque no mundo ainda há quem acredite e lute.
Não é assim, com os dedos. Mas há-de ser de alguma forma. Que os meus dedos gordos toquem mo coração. Mas a fé - e o sentimento - não abalam. Porque nos ganhámos. Porque no mundo ainda há quem acredite e lute.
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