Por aqui.
Também já não era sem tempo.
domingo, 30 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Quando a música fala por nós
Publicada por Bruno à(s) 14:50 0 comentáriossábado, 22 de setembro de 2007
Opções de vida
Publicada por Bruno à(s) 02:02 2 comentários
Se me fosse possível optar, escolheria sempre por urinar ao ar livre. A acção fisiológica torna-se muito mais reconfortante.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Esconderijo
Publicada por Bruno à(s) 12:54 1 comentários
Nos filmes em que há perseguições os fugitivos conseguem sempre esconder-se debaixo da cama. Também são sempre encontrados, ok, mas não é essa a questão. Eu já não me consigo enfiar debaixo de uma cama desde os meus, vá, 10 anos. Já não se fazem camas para as pessoas se esconderem. Além do mais, por baixo da cama está sempre tudo cheio de pó, mesmo com as limpezas que são feitas.
Daqui se conclui que eu nunca me poderia esconder debaixo de uma cama: primeiro não caberia. Segundo, em função de uma renite alérgica que possuo, começaria de imediato a espirrar. E o bandido detectar-me-ia. É por isso que mantenho sempre um revolver em cima da mesa de cabeceira. Para o caso de entrarem bandidos no meu quarto.
E perguntam vocês: "E a tua mãe deixa?". Sim, eu disse-lhe que é um isqueiro.
Foi aí que ela me bateu por eu fumar.
E eu disse-lhe: "É mentira mãe! É uma pistola! Eu não fumo!"
E ela, enquanto me dava com o chinelo nas nalgas: "É uma pistola é... tu andas mas é a fumar".
E eu: "É é, mãe. É uma pistola por causa dos bandidos!"
E ela não acreditou.
Daqui se conclui que eu nunca me poderia esconder debaixo de uma cama: primeiro não caberia. Segundo, em função de uma renite alérgica que possuo, começaria de imediato a espirrar. E o bandido detectar-me-ia. É por isso que mantenho sempre um revolver em cima da mesa de cabeceira. Para o caso de entrarem bandidos no meu quarto.
E perguntam vocês: "E a tua mãe deixa?". Sim, eu disse-lhe que é um isqueiro.
Foi aí que ela me bateu por eu fumar.
E eu disse-lhe: "É mentira mãe! É uma pistola! Eu não fumo!"
E ela, enquanto me dava com o chinelo nas nalgas: "É uma pistola é... tu andas mas é a fumar".
E eu: "É é, mãe. É uma pistola por causa dos bandidos!"
E ela não acreditou.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
A problemática do choro
Publicada por Bruno à(s) 13:56 1 comentários
E depois há aqueles pais que estão no café.
São aqueles pais que são maçados pelos filhos a torto e a direito. Aqueles filhos que pedem chupas coloridos com brilhantes por cima, que ao início são muito picantes ou amargos (nunca consegui distinguir muito bem) e depois se tornam agradavelmente doces, como se tivessem aberto uma mangueira para cima de nós de forma a apagar o fogo que nos foi criado na língua. Pedem "Quindéres Supresas" e outros chocolates adventistas. Querem batatas fritas, mas na hora da verdade acabam por mudar de opinião e pedir antes um gelado.
Miúdos que fazem birra. Que batem o pé. Que gritam.
Vêm os pais que lhes dão três ou quatro nalgadas, pelo meio dobram o braço de forma a acertar com a parte mais proeminente do cotovelo no alto da cabeça da criança. "Cala-te! Não te dou chocolate nenhum!". Pam Pam Pam. A criança fica a chorar.
É aí que surge a personagem mãe. Aquela personagem mãe. De cabelo apanhado, calça de ganga que nota-se que já expirou o período de validade. Ou então comprou há pouco tempo na feira da Venteira e ela julga que está muito na moda. É a mãe que fuma, a olhar para o lado. Que aponta o cigarro para longe da sua criança e manda para cima das crianças dos outros. A criança dela chora de forma copiosa porque, recorde-se, levou um enxerto de porrada do pai no café - pai esse, que , recorde-se, tem sempre muita capacidade física - e doeu-lhe, vá.
A personagem mãe vira-se para a criança e diz: "Vá, pronto."
Pergunto eu: "Vá, pronto"? Se até a mim me doia. "Vá, pronto".
São aqueles pais que são maçados pelos filhos a torto e a direito. Aqueles filhos que pedem chupas coloridos com brilhantes por cima, que ao início são muito picantes ou amargos (nunca consegui distinguir muito bem) e depois se tornam agradavelmente doces, como se tivessem aberto uma mangueira para cima de nós de forma a apagar o fogo que nos foi criado na língua. Pedem "Quindéres Supresas" e outros chocolates adventistas. Querem batatas fritas, mas na hora da verdade acabam por mudar de opinião e pedir antes um gelado.
Miúdos que fazem birra. Que batem o pé. Que gritam.
Vêm os pais que lhes dão três ou quatro nalgadas, pelo meio dobram o braço de forma a acertar com a parte mais proeminente do cotovelo no alto da cabeça da criança. "Cala-te! Não te dou chocolate nenhum!". Pam Pam Pam. A criança fica a chorar.
É aí que surge a personagem mãe. Aquela personagem mãe. De cabelo apanhado, calça de ganga que nota-se que já expirou o período de validade. Ou então comprou há pouco tempo na feira da Venteira e ela julga que está muito na moda. É a mãe que fuma, a olhar para o lado. Que aponta o cigarro para longe da sua criança e manda para cima das crianças dos outros. A criança dela chora de forma copiosa porque, recorde-se, levou um enxerto de porrada do pai no café - pai esse, que , recorde-se, tem sempre muita capacidade física - e doeu-lhe, vá.
A personagem mãe vira-se para a criança e diz: "Vá, pronto."
Pergunto eu: "Vá, pronto"? Se até a mim me doia. "Vá, pronto".
domingo, 16 de setembro de 2007
Naquele tempo é que era
Publicada por Bruno à(s) 01:17 1 comentáriossexta-feira, 14 de setembro de 2007
The light that fueled our fire then has burned a hole between us
Publicada por Bruno à(s) 05:59 0 comentáriosNo fault, none to blame it doesn't mean I don't desire to
point the finger, blame the other, watch the temple topple over.
Epá... There was a time that the pieces fit...
Cold silence has a tendency to atrophy any sense of compassion
between supposed lovers
Pronto.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Balúdrios
Publicada por Bruno à(s) 11:58 0 comentários
Oprah Winfrey vai deixar no testamento 30 milhões de dólares aos seus cães para o caso de ela falecer. Não saber o que fazer ao dinheiro. O ideal mesmo era alguém conseguir fazer isto que se segue.
Grande Dave Chapelle.
Grande Dave Chapelle.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
As tardes da Júlia
Publicada por Bruno à(s) 15:12 2 comentários
Ora bem. A TVI. Não quero alargar-me muito. Acontece que nesta sala onde estou sentado, a minha mãe está a ver as Tardes da Júlia. No sofá está sentada uma senhora a contar a história do dia em que o marido lhe deu 17 machadadas. Não ouvi mais nada. Entraram outras coisas, mas que não foram úteis para perceber os motivos da agressão (nem sei se é esse o termo). Lembro-me que ela falou numa mota "Vespa", num outro homem, numa bomba de gasolina. Enquanto o marido lhe ia arreando, só o outro tipo é que estava a assistir. Mas não fez nada, porque é "um homenzinho", enquanto o fulano que a ia descascando como se tratasse de um cepo para lareira era "um homenzarrão". Pronto. É isso. Dezassete machadadas. Não são dezasseis. Nem dezoito. Dezassete machadadas.
Pan-dan [pã-dã; pandant]
Publicada por Bruno à(s) 02:59 1 comentários
- Uma torradeira, um jarro eléctrico e uma cafeteira (que não é daquelas que hoje em dia toda a gente quer) a condizer com os futuros móveis da cozinha.
- Quatro individuais a condizer com o interior dos pratos, canecas e bule ofertados no aniversário.
Esta história das preocupações com as cores é um bocado amaricada. A começar pelo nome: pandant. Fazer pãndãn. Caraças. Sinto alguma virilidade a escorrer por entre os dedos. Parece que me estão a arrancar alguma masculinidade. Sinto uma vontade louca de comprar um avental, de tirar um curso de culinária e um outro de crochet. Para fazer daquelas meiazinhas em malhinha para ter os pezinhos quentinhos quando for dormir(zinho). Dei por mim a ver o preço de vinagre "Cartuxa", produto gourmet, só para que a salada dê um outro prazer ao palato. Fui, por curiosidade (apenas, devido à falta de espaço), ver quanto custava uma garrafeira térmica. Mas o que é isto? Duas galhetas... O que é feito dos homens que tomavam banho vestidos para poupar uma lavagem de roupa na máquina? E dos que aproveitavam o prato do cão para jantar? Assim é só um prato para lavar.
Mas não hei-de vergar com tanta facilidade. Vou continuar a beber cerveja, a comer tremoços e amendoins enquanto vejo futebol e tiro sujidade das unhas dos pés com as unhas das mãos. Vou, vou. Mas agora vou escutar o último álbum do Patrick Wolf. E o do Rufus Wainwright, que ouvi dizer que estão extasiantes.
- Quatro individuais a condizer com o interior dos pratos, canecas e bule ofertados no aniversário.
Esta história das preocupações com as cores é um bocado amaricada. A começar pelo nome: pandant. Fazer pãndãn. Caraças. Sinto alguma virilidade a escorrer por entre os dedos. Parece que me estão a arrancar alguma masculinidade. Sinto uma vontade louca de comprar um avental, de tirar um curso de culinária e um outro de crochet. Para fazer daquelas meiazinhas em malhinha para ter os pezinhos quentinhos quando for dormir(zinho). Dei por mim a ver o preço de vinagre "Cartuxa", produto gourmet, só para que a salada dê um outro prazer ao palato. Fui, por curiosidade (apenas, devido à falta de espaço), ver quanto custava uma garrafeira térmica. Mas o que é isto? Duas galhetas... O que é feito dos homens que tomavam banho vestidos para poupar uma lavagem de roupa na máquina? E dos que aproveitavam o prato do cão para jantar? Assim é só um prato para lavar.
Mas não hei-de vergar com tanta facilidade. Vou continuar a beber cerveja, a comer tremoços e amendoins enquanto vejo futebol e tiro sujidade das unhas dos pés com as unhas das mãos. Vou, vou. Mas agora vou escutar o último álbum do Patrick Wolf. E o do Rufus Wainwright, que ouvi dizer que estão extasiantes.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Um ano depois
Publicada por Bruno à(s) 23:53 0 comentários"E prometo continuar a fazer cócó nas fraldas, a comer a papa toda. Já falta pouco para começar a andar e aí ninguém me pára! Prometo ainda não partir brinquedos, pelo que podem continuar a oferecer-me coisas! Os tempos de mamar já lá vão e posso garantir aqui que no espaço de quatro ou cinco anos vou começar a ler! Senhores deputados, não se deixem enganar pela minha tenra idade: já consigo comer a fruta sozinha. Só preciso que ma descasquem e ma metam num prato!"
E foi assim o "comício" do primeiro aniversário...
domingo, 9 de setembro de 2007
Há um ano
Publicada por Bruno à(s) 23:32 1 comentários
Nove de Setembro de 2006. Estava no café a ver um jogo de futebol. Durante a tarde tinha acontecido o Red Bull Flugtag no Rio Tejo. Depois o Sporting ganhou 1-0 na Choupana. Um belo golo do Nani. À noite tinha jogado o Benfica. Perdeu 3-0 com o Boavista, mas o Rui Costa fez um túnel de belo efeito ao Kazmierczak. Já tinha bebido umas cervejas, mas estava de sobreaviso. A Beatriz estava a caminho.
Recebi o telefonema de minha mãe a dizer que tinham acabado os falsos alarmes (dois ou três, já não me lembro) e que desta é que era. Agarrei no veículo e fomos a voar até à maternidade. No carro fomos em silêncio. Apesar de o parto estar demorado, tinha pressa em chegar. A mãe percebeu-o e não fez nenhum comentário à velocidade (vendo bem, não foi muito alta, pois o meu veículo tem apenas mil e cem de cilindrada, sessenta e poucos cavalos e um binário de não sei quê).
Não tinha autorização para entrar na zona de partos. Só lá estava o pai e pôde entrar a avó. Eu fiquei sentado. A ver as horas a passar. Chamaram uma "Beatriz Pereira" e eu dei um pulo na cadeira. Mas era só uma bebé com febre ligeira. Eram 23h50, mas ainda faltava um bocado. Eu é que não tinha informações sobre o ponto da situação. Ainda passou uma hora até saber que a Beatriz tinha nascido às 00h15. Já a 10 de Setembro de 2006. Com 2,905 quilos.
Voltei a entrar no carro e a fazer o IC-19 a alta velocidade para ir buscar os avós paternos. Reuniu-se a família e por ali estivemos até por volta da uma da manhã. Foi aí que se tirou a primeira foto da Beatriz.
10 de Setembro de 2007. Já passou um ano (a correr, em que tanta coisa aconteceu) e Beatriz está já com nove quilos. Já diz "papá" e "mamã". Diz "pê" para dizer piu. Diz "pa" para dizer papel. Fecha os lábios com força para dizer "Bu", mas ainda não se ouviu o som na plenitude. Tem quatro dentinhos. Não anda. Sai a toda a gente. No colégio dizem que nunca tiveram lá nenhum bebé assim: porque come a fruta sozinha e não faz birra para comer. Pelo contrário: faz birra por não comer. Tem umas bochechas lindas e deixa as velhas na rua todas invejosas, porque é muito simpática e ri-se. Mas só quando acha mesmo graça. Os comentários dos idosos são invariavelmente os mesmos: "Ai que linda!". "Olá princesa!". E é o orgulho da família.
Recebi o telefonema de minha mãe a dizer que tinham acabado os falsos alarmes (dois ou três, já não me lembro) e que desta é que era. Agarrei no veículo e fomos a voar até à maternidade. No carro fomos em silêncio. Apesar de o parto estar demorado, tinha pressa em chegar. A mãe percebeu-o e não fez nenhum comentário à velocidade (vendo bem, não foi muito alta, pois o meu veículo tem apenas mil e cem de cilindrada, sessenta e poucos cavalos e um binário de não sei quê).
Não tinha autorização para entrar na zona de partos. Só lá estava o pai e pôde entrar a avó. Eu fiquei sentado. A ver as horas a passar. Chamaram uma "Beatriz Pereira" e eu dei um pulo na cadeira. Mas era só uma bebé com febre ligeira. Eram 23h50, mas ainda faltava um bocado. Eu é que não tinha informações sobre o ponto da situação. Ainda passou uma hora até saber que a Beatriz tinha nascido às 00h15. Já a 10 de Setembro de 2006. Com 2,905 quilos.
Voltei a entrar no carro e a fazer o IC-19 a alta velocidade para ir buscar os avós paternos. Reuniu-se a família e por ali estivemos até por volta da uma da manhã. Foi aí que se tirou a primeira foto da Beatriz.
10 de Setembro de 2007. Já passou um ano (a correr, em que tanta coisa aconteceu) e Beatriz está já com nove quilos. Já diz "papá" e "mamã". Diz "pê" para dizer piu. Diz "pa" para dizer papel. Fecha os lábios com força para dizer "Bu", mas ainda não se ouviu o som na plenitude. Tem quatro dentinhos. Não anda. Sai a toda a gente. No colégio dizem que nunca tiveram lá nenhum bebé assim: porque come a fruta sozinha e não faz birra para comer. Pelo contrário: faz birra por não comer. Tem umas bochechas lindas e deixa as velhas na rua todas invejosas, porque é muito simpática e ri-se. Mas só quando acha mesmo graça. Os comentários dos idosos são invariavelmente os mesmos: "Ai que linda!". "Olá princesa!". E é o orgulho da família.
Mais força ainda?
Publicada por Bruno à(s) 21:12 0 comentáriosEstes tipos a cantar o hino... a chorar? Mariquinhas pá! Se eu tivesse o vosso "cavedal" andava sempre na rua à procura de bulha e pancadaria. Agora cá a chorar. Se os neozelandezes vos vêem a chorar dessa forma, dizem-vos o que a minha mãe me dizia quando eu era pequenino. "Ou paras de chorar ou eu dou-te motivos para isso". Não foi assim há muito tempo. Ainda na quinta-feira ela mo disse quando eu estava a fazer birra porque lhe pedi uma caneca de cerveja fresquinha e ela não quis dar.
Eu não chorava.
Urinava-me pelas pernas abaixo.
Mesmo com a pelagem facial
Publicada por Bruno à(s) 15:55 0 comentários
Não que seja muito máscula, mas optei por fazer um cultivo de barba. Não fica bem nem mal. Mas uma das decisões foi para parecer mais adultozinho, agora que já posso, que já tenho coisas para pagar. Porém, mesmo com a "penuge" continuo a ouvir coisas do género:
- "Qual era a mesa deste menino?" (Uma empregada de um bar para o seu colega na altura do pagamento de um Licor Beirão, uma imperial e um Famous Grouse).
- "É o menino..." (A mãe para uma bebé que para mim olhava... mania essa que as mães têm de explicar aos filhos o que estão eles a ver)
- "E para este menino?" (Uma padeira à espera do meu pedido)
...
E por aí fora. Mas isto de ter barba até tem graça. Por isso deixa andar.
- "Qual era a mesa deste menino?" (Uma empregada de um bar para o seu colega na altura do pagamento de um Licor Beirão, uma imperial e um Famous Grouse).
- "É o menino..." (A mãe para uma bebé que para mim olhava... mania essa que as mães têm de explicar aos filhos o que estão eles a ver)
- "E para este menino?" (Uma padeira à espera do meu pedido)
...
E por aí fora. Mas isto de ter barba até tem graça. Por isso deixa andar.
sábado, 1 de setembro de 2007
Your halo has slipped down
Publicada por Bruno à(s) 01:10 0 comentáriosJá voltamos.
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