Suspiro. Procuro o encosto que sei que existe. E aí está ele. Seguro, sólido, terno e sempre compreensivo. Seguras-me, para eu parar de rodopiar. Sei que é aí o sítio estável para ficar um bocadinho.
Então és tu que te sentes encostada. E gosto de o saber. Hoje fiquei com pele de galinha quando mo disseste. Não é que não o soubesse, mas foi bom ouvir! E és tu que começas a rodopiar. Giras e giras. Eu dou mais voltas. Seguramo-nos um ao outro. Sabes aquela brincadeira que as crianças faziam quando eram pequenas? Davam as mãos cruzadas com força, inclinavam-se para trás e começavam a rodopiar até ficarem tontas? Somos nós. Mas nós não ficamos tontos. Giramos, mas não ficamos enjoados. Crescemos. Enterlaçamo-nos.
E hoje o Martim meteu-se no meio. Bendito.
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