sábado, 22 de novembro de 2008

Diez


Já passaram dez meses desde aquele vaso, daquela planta, lá em Lisboa, de madrugada. Foi um esconderijo, na altura. Por simples brincadeira. Foi caixa-forte de desejos crescentes, que ali rebentaram e nunca mais pararam de aumentar.

A caixa-forte, a minha, hoje está aqui à frente. Com uma mantinha nos joelhos, pelo frio que faz lá fora. Irritada, com os seus valiosos motivos. Mas faz-me sentir seguro, ou não fosse ela a caixa-forte. Tipo "tio patinhas". Vejo-a ali num reflexo, a bocejar, de cansaço. E penso que hoje, por mim, já não saia daqui para mais lado nenhum... ficava assim aqui, a contar os meus bens da caixa-forte... O que vale é que amanhã posso voltar. E depois... Por isso sou feliz.

Estou a dever-lhe dez mandamentos.

PS - Na foto, o melhor dez de sempre. Até à passada semana.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gold to me ...